Eu de fato não sei, não sei mas o que pensar e como sentir isso tudo.

Você veio como anjo e trouxesse tudo que precisava, me trouxesse sorrisos em um dia onde o céu se pintava de tristeza, você trouxesse cor as pétalas das belas rosas vermelhas já estavam murchas e secas no meu jardim.

Talvez não seja você, mas seja eu. Eu me perdi um num abismo tão grande que procuro saída em lugares com portas trancadas. Não sei ao certo em que lugar estou, que acordar de bom humor é raro. Isso enegrece meu coração e está começando a enegrecer a minha vida. Nada tem graça, nada tem vida, é tudo a mesma coisa. Pareço estar em campo um campo de batalha aonde há mais soldados mortos do que soldados que querem viver batalhando pra uma causa maior.

É uma guerra todo dia. Mas fui eu que me permitir entrar nessa guerra.

E aonde está você anjo? Acho que assim como tantos outros você se cansou, você partiu ou você realmente achou uma porta aberta e resolver voar porque lá fora o céu é azul, o sol brilha, tem um rio pra nadar e tem pessoas melhores dó quem um “soldado” machucado.

Aqui você não encontrou nada, além de dor e desespero. Não tenho belos rios, não tenho realmente flores bonitas e muito menos uma vontade. 

Eu sei, você vai partir uma hora ou outra. Daqui a pouco talvez, talvez pode ser janeiro ou até mesmo fevereiro. Desculpe por falar da sua partida, não sei lidar com despedidas, ainda mais com despedidas em que alguém conseguiu tocar meu coração. 

Aqui tá sufocado, tá cheio demais, dentro não há espaço. Eu vou explodir, mas que vontade explodir a cabeça, porque o coração já não existe mais. As vezes acho que tenho tanto pra dizer, mas não há palavra pra falar, o que mais tem falado por mim é o silêncio.

Silenciei tanto a voz, o coração, a dor, as magoas, que os prende como amarras de quem não sabe voar.

Voa anjo, voa… Há tantos corações que sabem amar ao invés do meu que quase não bate mais.

Eu me sinto mais sozinho do que nunca.

Obrigado e desculpa.